Sábado, 31 de Dezembro de 2005

Notas Soltas - Dezembro/2005

EUA – A detenção de presumíveis terroristas, em locais secretos, sujeitos a actos de tortura, designados por «métodos inovadores», é um ultraje aos princípios do Estado de direito e à civilização de que nos reclamamos.


George W.  Bush – No dia da milésima execução nos EUA desde a restauração da pena capital, em 1976, declarou que «apoia firmemente» a pena de morte. É coerente com a teoria da guerra preventiva e as suas convicções religiosas.


Venezuela – O populismo, mesmo de esquerda, é um caminho demagógico em direcção ao autoritarismo e à restrição das liberdades. O ódio a Bush e a vitória eleitoral não bastam para fazer de Hugo Chavez um democrata.


Irão – A sugestão do Presidente Mahmud Ahmadinejad de transferir Israel para a Europa e a negação do holocausto confirmam o ódio, o racismo e a xenofobia de que o fascismo islâmico está imbuído.


França – No dia 9 comemorou-se o 1.º centenário da lei da separação da Igreja e do Estado, que garante a liberdade religiosa e impede o Estado de reconhecer, remunerar ou subvencionar qualquer culto. É o melhor paradigma de um Estado laico.


Tony Blair – O Reino Unido é o grande obstáculo à desejada integração social da Europa. Blair talvez seja o mais europeu dos britânicos mas é também o mais americano dos europeus.


Angela Merkel  – A nova chancelerina alemã revelou enorme determinação e deve-se-lhe, em boa parte, a ausência de um fracasso do orçamento comunitário. Talvez a temida ultra-liberal se revele uma estadista com a dimensão de Helmut Koll.


Orçamento comunitário – A vitória da diplomacia portuguesa na obtenção de fundos não esconde o débil interesse da União Europeia na coesão social. Ainda não foi superado o rude golpe do «Não» francês e holandês ao respectivo tratado.


TGV – Os adversários das linhas Lisboa/Madrid e Lisboa/Porto são os mesmos que aprovaram cinco, três sem racionalidade económica, assinadas por Durão Barroso e Aznar.


Chile – A vitória na primeira volta das eleições presidenciais de uma mulher, de esquerda, mãe solteira, divorciada, ateia e filha de um general assassinado pelo Governo de Pinochet, foi uma afronta para os saudosistas de Pinochet.


Iraque – A invasão sem “casus belli” não foi acção humanitária, foi ingerência imperial. A participação maciça no processo eleitoral não traz a solução nem legitima a invasão que dificulta agora a contenção da teocracia iraniana. Mas é um passo positivo.


América Latina – Em 2006 define-se o mapa político onde se digladiam a opção tranquila e moderada de Lula – pesem embora os escândalos –, e a populista e agressiva de Chavez, cada vez mais popular, contra forças abertamente reaccionárias.


Condolezza Rice – A pia secretária de Estado critica a fuga de informações sobre escutas e torturas mas cala-se perante a ilegalidade de Bush que decidiu os actos que comprometem a democracia e ferem a civilização.


Israel – O precário estado de saúde do primeiro-ministro Ariel Sharon, um líder convertido à diplomacia, é um factor de fragilidade acrescida no complexo processo de paz que as divergências israelo-árabes sistematicamente comprometem.


Espanha – Nem a crispação atiçada por forças reaccionárias conseguiu desviar Zapatero das reformas, algumas de cunho francamente inovador, com as contas públicas a registarem saldo positivo (1%) e um crescimento económico a rondar os 3,5%. 


Ecologia – Um ano após a tragédia do maremoto asiático é tempo de as grandes potências reverem o modelo económico que aumenta a frequência e dimensão de catástrofes e põe em causa o futuro do Planeta.


Jorge Sampaio – Cidadão e democrata exemplar, prestes a terminar uma década como presidente da República, é justo reconhecer-lhe a isenção e postura de Estado bem como a cultura, inteligência e patriotismo com que prestigiou Portugal.


António Guterres – O ex-primeiro-ministro, cujo primeiro mandato foi o melhor da nossa história recente, foi escolhido como personalidade portuguesa do ano pela Ass. da Imprensa Estrangeira em Portugal num acto de apreço pelo Alto Comissário da ONU para os Refugiados.


Ásia – A China e o Japão têm manifestado uma crescente animosidade reciproca que se torna inquietante face ao poderio económico e às rivalidades históricas das duas grandes potências.


Eleições presidenciais – Nunca tantos se expuseram tanto na pré-campanha. Os grandes grupos económicos, e a comunicação social que controlam, conduzem o processo eleitoral que, até à data, tem sido o mais desinteressante de sempre.


 


Monumento ao 25 de Abril em Almeida – Contrariamente às previsões do mês anterior ainda não teve lugar a reunião da Comissão com o novo presidente da Câmara.


 

aesperanca@mail.telepac.pt
publicado por Praça Alta às 20:14
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Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2005

FESTA DE NATAL NA ASTA

asta05.jpg
Mais um ano em que a ASTA, Associação Sócio Terapéutica de Almeida, quis celebrar com a comunidade a sua festa de Natal.
Assim, no dia 14 foram os idosos de muitas instituições de apoio à 3.ª idade do concelho, que estiveram presentes e no dia 15 foi a vez de algumas crianças das populações vizinhas poderem assistir ao Auto dos Pastores, "levado à cena" pelos utentes desta instituição.
No fim de mais um óptimo espectáculo, a todos esperava um lauto lanche. como já vem sendo apanágio da instituição.
Para o próximo dia 5 de Janeiro, está já marcado o Auto dos Reis, desta vez interpretado pelos utentes da Casa de Santa Isabel de São Romão.
publicado por Praça Alta às 12:46
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AMOREIRA COM ESCOLA "NOVA"

amoreira.jpg
Depois de terminadas as profundas obras de ampliação e remodelação, a escola do 1.º Ciclo de Amoreira foi inaugurada. Em dia de festa, com muitos familiares dos 13 alunos que a frequentam, o Presidente da Câmara de Almeida, Prof. Baptista Ribeira e o Presidente da Junta de Amoreira, Joaquim Fonseca, teceram palavras de alegria e esperança para um melhor futuro de todas as crianças que frequentam este estabelecimento, que agora dispõem de muito boas condições a todos os níveis, para uma prática educativa de sucesso.
Num concelho em que o mais vulgar é ver escolas a fechar, fica este exemplo de uma escola recuperada para a prática educativa e com a população escolar com tendência a aumentar.
publicado por Praça Alta às 12:37
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CASA DO CONCELHO DE ALMEIDA EM LISBOA

A passagem do Ano Novo vai, como é tradicional, ser um acontecimento agradável nesta bela casa do concelho de Almeida, em Lisboa (Tapada das Mercês), que continua a sua missão com o maior interesse, conservando o seu restaurante com a qualidade exigente para o seu público.
Os almeidenses e muitos amigos de Almeida são convidados a participar nesta festa que se espera agradável como nos anos passados.
publicado por Praça Alta às 12:20
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FESTAS DE NATAL

natal1.jpg
São muitas as associações que realizam ou já realizaram a sua festa de natal.
Tivemos conhecimento de uma magna reunião de todas as crianças das escolas do 1º ciclo de todo o concelho, acompanhadas pelos seus professores e autoridades municipais, que realizaram uma interessante festa no auditório municipal de Almeida.
A vila regorgitou de vozes argentinas, que no final receberam uma refeição nas Casamatas, um lugar agora recuperado.
As 29 freguesias e oito anexas deste vasto concelho ainda têm algumas escolas que satisfazem o número exigido pelo Ministério para abrir as portas. Estas escolas estão agregadas a dois pólos – Almeida e Vilar Formoso. As escolas que foram obrigadas a fechar por reduzido número de alunos conduzem estes às escolas mais próximas num plano concertado pela Câmara e Juntas de Freguesia e os seus edifícios são adaptados a outros fins. As escolas primárias de almeida (1º ciclo) passaram a ter as aulas na escola secundária, que agora é Centro Escolar para os alunos desde o 1º ciclo ao 12º ano escolar.
publicado por Praça Alta às 12:18
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BOAS FESTAS

"QUEM MORRE?

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos,corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho,quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar." - Pablo Neruda-

UM BOM ANO A TODOS !
Maria Helena Marques
publicado por Praça Alta às 11:59
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Domingo, 25 de Dezembro de 2005

CDS microfilmou documentos de Estado

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color=#9999ff>A empregada doméstica que gama à sorrelfa o cordão de ouro de duas voltas, enquanto aspira o quarto da patroa que o herdara da sogra, é uma ladra;

Um trabalhador agrícola que faz mão baixa de duas cebolas e três maçãs, que esconde nos bolsos da samarra, é desonesto;

O segurança de uma empresa que leva, ao fim da noite, dois rolos de papel higiénico e um sabonete em meio uso, é venal;

A assalariada que esconde no avental o pacote de detergente e uns toalhetes, não é de confiança;

O contínuo que se abotoa com o guarda-chuva de que o chefe de secção se esquecera, é torpe;

O empregado de escritório que leva para casa, lápis, borrachas, esferográficas, um tubo de cola e umas folhas de papel almaço é um larápio.

Todos são infiéis, ladrões, venais, corruptos e torpes.

Se vários ministros (Paulo Portas, Nobre Guedes e Santana Lopes) se conluiam, sob os auspícios do CDS, para microfilmar documentos dos ministérios da Defesa, Ambiente e Turismo, tomam uma decisão política.

Não são infiéis porque foram donos da casa, não são larápios porque pertencem a boas famílias, não se denominam ladrões porque têm habilitações literárias, não podem ser acoimados de gatunos porque seria difamação.

Porque copiar documentos não é crime – crime é divulgá-los – , os antigos e impolutos ministros apenas se precaveram contra eventuais acusações, guardaram munições para se defenderem de problemas e evitarem que os difamem.

Com governantes assim, o Estado português está a bom recato, em casas particulares.

Fonte
- Diário de Notícias de 24-12-2005





















publicado por Praça Alta às 18:10
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Sábado, 24 de Dezembro de 2005

BOAS FESTAS

A Direcção da Associação dos Amigos de Almeida e a Redacção do Jornal Praça Alta, deseja a todos os sócios leitores e Almeidenses em geral, um Bom Natal e votos que o próximo ano de 2006, seja de paz e alegria para todos.
publicado por Praça Alta às 15:57
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Sexta-feira, 23 de Dezembro de 2005

Boas-festas

Boas-festas





(Cartoon de Zé Oliveira)

Voltar às origens na noite de consoada é a viagem marcada no calendário, imposta pelo hábito e repetida pela inércia. À medida que as coisas e os lugares se encaixam cada vez menos na memória mais intensamente os procuramos. Parte-se em busca do passado e teme-se a desilusão de não achar sinais. Mas volta-se sempre, quiçá com vontade de exumar memórias, de recuperar sonhos e afectos que nos fazem falta, como se no eterno regresso surgisse a fonte da juventude.

Todos os anos, quando Dezembro chega, o frio vem lembrar-nos a festa que se aproxima ao ritmo da nossa ansiedade, enquanto os apelos ao consumo nos seduzem, insinuando uma felicidade duradoura. Fazem-se compras sem ponderação e arquivam-se prendas à espera de destinatário. Os livros têm nesta época o lugar que mereciam durante o ano, viajam com as pessoas à espera de leitor, quedam-se em mãos que os afagam ou, simplesmente, arquivam-se no abandono da estante.

Depois de árduas discussões no seio dos casais decide-se o local da consoada em unânime contrariedade. Nunca durante o ano a diferença entre irmãos e cunhados ou pais e sogros se tornou tão nítida e fracturante.

A viagem é o regresso magoado aos locais e memórias de um tempo que já foi, por entre chuva miudinha e frio de rachar. Doem o ossos em intermináveis filas de trânsito antes de se ver iluminada a torre do campanário onde outrora soavam as horas de dias muito mais calmos.

Chega-se de noite e de mau humor com o vento gélido a arrefecer sorrisos compostos para a chegada e os quartos húmidos indiferentes aos nossos ossos e ao reumático.

A lareira é o destino e centro de um semicírculo de profundos afectos e sólidos rancores que se reúnem alinhados por ordem etária na casa dos mais velhos e são alimentados a filhós e bolos que líquidos capitosos ajudam a empurrar. É aí que se desembrulham as prendas embaladas em papel reluzente com laços artisticamente colados. Agradece-se com um sorriso de desprezo aquele presente desinteressante do parente que nos detesta. Fica-se deslumbrado com a oferta generosa que redime uma ofensa antiga e enternece-nos a simples presença de quem não pede desculpa por gostar de nós.

Recordam-se em silêncio os ausentes pela falta que fazem e a saudade que produzem e os presentes pelo incómodo que provocam e o fastio que acarretam.

Quase todos se empanturram na esperança de matar de vez a fome ancestral de gerações que permanece viva na memória de quem a herdou durante séculos. Gabam-se os pastéis de bacalhau recheados de batata a tresandar a óleo, a excelência do peru mal assado, a qualidade do polvo que saiu duro, repetindo-se discretamente a dose de bacalhau cozido, batatas e couves, regados com azeite de boa qualidade, numas merecidas tréguas ao bitoque e à pizza, enquanto se aguarda a panóplia de doces e frutos secos. São momentos para acumular prazer e peso enquanto a azia e os espasmos não devolvem o remorso e o incómodo.

Por uma noite repousam os guerreiros das batalhas adiadas do quotidiano, levam para o seio familiar uma ou outra intriga para não perderem o treino, cumprimentando-se com uma profusão de ósculos ora fraternos, ora de circunstância. E, por entre os votos canónicos de Boas Festas, recordam-se pequenos agravos e ruminam-se vinganças por umas palavras que não caíram bem, algum insulto durante a disputa do relógio de ouro do avô ou aquela terrina da Vista Alegre que espalharam a cizânia nas últimas partilhas.

Sobrevive do paganismo o festejo do solstício de Inverno. Fez dele a tradição judaico-cristã a festa da família. E quando a família se comporta como deve, a festa acontece e é um suave pretexto de encontros ansiados em volta de sabores que a memória guarda e de aromas que nos transportam à infância numa viagem carregada de afectos e saudade.

Que no dia certo haja festa em vossas casas.

Boas-festas, caros leitores.
publicado por Praça Alta às 19:21
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Terça-feira, 20 de Dezembro de 2005

Presidenciais »» Alegre - Jerónimo




(cartoon de Zé Dalmeida)


De facto este modelo de debates é pouco estimulante para o espectador, prejudicial para os candidatos e indigno de uma campanha em que nos arriscamos a votar gato por lebre.
publicado por Praça Alta às 17:28
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Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2005

Eleições presidenciais




(cartoon de Zé Dalmeida)


A central de propaganda que dirige a campanha cavaquista parece obedecer a um comando único.

De vários lados sai a afirmação de que o Professor de Boliqueime é o candidato preferido do primeiro ministro como se a uma crise económica e social fosse útil juntar uma crise política com um candidato de uma área adversa.

Vários próceres do cavaquismo, que durante vinte anos não se pronunciaram sobre os poderes presidenciais, foram largados para defenderem o aumento desses poderes e, a seguir, mandados calar.

Os arruaceiros de serviço que anunciaram a candidatura de Cavaco como necessidade para remover os socialistas do poder, reciclaram-se em intriguistas e caluniadores dos outros candidatos e transformaram-se em indefectíveis defensores da harmonia pacífica e colaborante entre o PR e primeiro-ministro.

Assim, o trauliteiro Vasco Graça Moura palra e crocita contra os adversários, Proença de Carvalho, de voz melíflua, insinua que o Professor será o melhor aliado do Governo, o comissário político Luís Delgado debita banalidades, a Marques Mendes escondem-no e o ensandecido Alberto João Jardim garante como salvador da Pátria o «Sr. Silva» que, há meses, queria ver demitido do PSD.

O País não pode, pois, ficar tranquilo com a hipótese de Cavaco ganhar as eleições. Os cavaquistas aguardam a desforra da derrota eleitoral das últimas legislativas
.
publicado por Praça Alta às 01:40
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Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2005

Manifesto

MANIFESTO ANTI-CAVACO


 


Bastariam os tiques autoritários de Cavaco Silva ou aquela postura de salvador da Pátria para eu o rejeitar - o contacto com a história deste país levou a que tivesse alergia a este tipo de personagens. Mas há mais razões, muitas mais razões para rejeitar Cavaco Silva e ainda muitas mais para detestar o cavaquismo.


 


Cavaco, o ministro das finanças competente que encaixa no imaginário ruralista da direita portuguesa? Mas não foi um Cavaco que quando foi ministro das finanças revalorizou o escudo com objectivos eleitorais, obrigando o país a ir mais uma vez mendigar para a porta do FMI?


Cavaco, o presidente que velaria pelo bom desempenho do governo? Mas não foi Cavaco que teve ministros como uma Manuela Ferreira Leite na Educação, Braga de Macedo (o do oásis) nas Finanças, o Borrego das anedotas de mau gosto no Ambiente, e muitos outros que só o tempo levou a que já não façam parte do anedotário?


Cavaco, o homem que vela pelos interesses da Nação? Mas não foi Cavaco que governou em função das sondagens eleitorais, que inventou as corridas às inaugurações e os aumentos das pensões no fim dos mandatos?


Cavaco, o candidato não partidário? Mas não foi com Cavaco que todos os que eram nomeados para cargos dirigentes na administração pública eram "convidados" a inscreverem-se no PSD, para depois participarem em mega-cerimónias de boas-vindas ao partido?


Cavaco está preocupado com a situação difícil do país? Mas quando abandonou o governo não deixou as finanças públicas num estado bem pior do que o actual, em grande medida devido à nomeação do pior director-geral que passou pela DGCI? Mas a crise profunda que o país atravessa não resulta do seu modelo económico?


Cavaco quer ajudar o país? Mas não teve uma excelente oportunidade de o fazer apostando no ensino ou outros sectores como a investigação em vez de estoirar os fundos comunitários em cimento, alcatrão e automóveis de luxo para os que enriqueceram à sombra do seu poder?


Cavaco, o homem honesto? Mas não foi com Cavaco que gente que nunca foi nada na vida se transformou rapidamente em banqueira? Não foi com o cavaquismo que a corrupção, fuga ao fisco e o enriquecimento rápido se tornaram fenómenos asfixiantes do desenvolvimento do país?


Cavaco, o respeitador da democracia e da Constituição? Mas não era ele que designava todas as instituições por forças de bloqueio? Desde a Presidência da República ao Tribunal de Contas não eram todas forças de bloqueio?


Cavaco, o estadista conhecido internacionalmente? Mas alguém, além de Durão Barroso, o conhece depois de passar o IP5? Que se saiba na Europa só deverá ter uma leve ideia do ex-primeiro-ministro português a pensionista Margareth Tatcher


Cavaco, o candidato por imperativo de consciência? Também foi por imperativo de consciência que ajudou à derrota eleitoral de Fernando Nogueira e que derrubou o governo de Santana Lopes, para que não houvesse empecilhos no caminho da sua ambição presidencial?


Cavaco? Quem não o conhece que o compre...






Autor desconhecido. O conteúdo merece o meu apoio.

publicado por Praça Alta às 17:23
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Sábado, 10 de Dezembro de 2005

União Europeia, investigação e preconceito

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color=#6699ff>Durão Barroso repete os erros e pretende passar à história não apenas como um mau presidente da Comissão Europeia mas como o mais reaccionário.

Esquecido da triste novela de Rocco Butiglione, o homem de mão de Berlusconi e do Vaticano cujas posições ideológicas indignaram o Parlamento Europeu e lhe fizeram averbar uma vergonhosa derrota, Durão Barroso reincide no que parece ser uma deriva ideológica à direita, perante o silêncio da comunicação social autóctone.

A composição do Grupo europeu de ética abriu uma polémica que compromete o presidente da CE. «Estamos chocados que tenha escolhido tantas personalidades próximas do Vaticano» declarou ao Le Monde de ontem Robert Goebbels, socialista luxemburguês especialista em questões de ética das ciências e das novas tecnologias.

Dos quinze membros do Grupo europeu, cinco são « activistas da direita católica, sem qualquer competência específica», afirmou ao Monde o deputado socialista Philipe Busquin, ex-comissário belga encarregado da investigação.

A promissora investigação sobre as células embrionárias, vital para os avanços terapêuticos e para a competição europeia, ficam dependentes de personalidades tão controversas como o italiano Carlo Casini, presidente do movimento pró-vida e membro da Academia pontifícia «para a vida» ou do polaco Krzysztof Marczewski, professor de ética da Universidade de Lublin.

À Itália, Polónia, Áustria, Eslováqua e Malta - suspeitos do costume -, junta-se agora a Alemanha como minoria de bloqueio a tornar sombrio o futuro da investigação e o seu financiamento.

Durão Barroso sai uma vez mais pela direita baixa.

Fonte: Rafaële Rivais
Le Monde – edição de 09.12.05
 














publicado por Praça Alta às 18:14
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Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2005

Se fossem políticos os responsáveis




Ave ferida - Picasso


A não pronúncia de Paulo Pedroso, o repugnante linchamento público a que foi sujeito, o torpe envolvimento de Ferro Rodrigues, a cobarde pressão sobre o PS são os restos de uma maquinação cuja origem urge averiguar.

É verdade que a ministra da Justiça era Celeste Cardona, que o ministro poderoso era Paulo Portas, que o director da Judiciária era Adelino Salvado, que se babava de gozo a violar o segredo de justiça para o jornalista do «Correio da Manhã» e a imaginar como Ferro Rodrigues era destruído.

Mas, após tantos e tão sórdidos comportamentos, tudo vai ficar na mesma?

D. Catalina, o juiz Rui Teixeira, o procurador Guerra e o PGR Souto Moura certamente se teriam demitido se fossem políticos. A estas horas, fossem eles simples deputados, estavam expostos no pelourinho da opinião pública.

Se para Paulo Pedroso nunca houve a presunção de inocência por que motivo há-de o cidadão comum presumir a lealdade dos intervenientes neste processo cujos contornos são kafkianos?

Que é feito daquele advogado Pedro Namora a quem se atribui a frase: «desta vez é que se lixa o PS e o Ferrinho»?

A D. Catalina, amiga do peito e da missa do Dr. Bagão Félix, sentir-se-á sem o remorso judaico-cristão que costuma atazanar as almas bem formadas?
publicado por Praça Alta às 16:16
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2005

Líderes autoritários

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align=center>
color=#9999ff> (imagem de origem desconhecida)
publicado por Praça Alta às 19:46
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