Arábia Saudita Abdullah Bin al-Saud, governante de facto há uma década, é o delegado da oligarquia feudal da família Saud com 10 mil príncipes à espera de disputar a sucessão no país mais rico em petróleo e à beira da explosão do delírio islâmico.
Mauritânia O presidente Ahmed Ould Taya saiu do país para ir ao funeral do rei Fahd e foi destituído, 20 anos após o golpe que o levou ao poder, por outro golpe. Os ditadores não podem afastar-se. Salazar só uma vez foi a Badajoz. E em segredo.
Terrorismo A eficiência da polícia britânica na perseguição e desmantelamento de células terroristas é uma esperança no combate pela sobrevivência da civilização, mas não há benzina que desencarda a nódoa do brasileiro fuzilado no Metro.
Incêndios Parece que há em nós uma vocação pirómana e uma incúria fatal que vai reduzindo Portugal sistematicamente a cinzas. Nos escombros de um país ardido há ainda lugar para a prevenção ou esta é a forma cruel de ordenamento do território?
Lisboa Os desacertos entre Carmona Rodrigues e a distrital do PSD, presidida pelo impoluto deputado António Preto, denunciaram a oferta de lugares em empresas municipais e o lugar de provedor do munícipe para compensar afastamentos da lista. Uma vergonha PSD/PND/PPM.
Japão Há 60 anos o terror dilacerou Hiroxima e Nagasáqui, cidades mártires do horror nuclear. A tragédia não vacinou a humanidade, o clube nuclear não cessa de crescer e os japoneses esqueceram a agressão imperialista que perpetraram.
Israel A demissão de Benjamin Netanyahou, perante o desmantelamento dos colonatos, revelou um extremista que rejeita soluções políticas. Terá lugar destacado na alteração do xadrez partidário, inevitável se o processo de paz falhar.
Palestina O Hamas ao anunciar que não renuncia à luta armada, após a devolução de Gaza e da Cisjordânia, altera a correlação de forças favorável à Palestina. Faz pelo seu povo o que Bush fez pelo dos EUA atrair a hostilidade.
Pontal A tentativa de reabilitar a outrora pujante festa laranja foi um fiasco. Os barões que atraem a clientela e os fregueses do costume só aprecem quando pressentem a iminência da vitória e a proximidade do poder. Tal como noutros partidos.
Luís Filipe Meneses Está a preparar o ataque a Marques Mendes. Tem o apoio do pior que o PSD foi capaz de gerar, de Valentim Loureiro e Isaltino Morais a A. J. Jardim. É a política no seu pior, a apoteose da mediocridade.
Aeroporto da Ota Não sei se a localização é a melhor, mas imagino o que teria sucedido se o avião que aterrou (mal) em Toronto se tivesse feito à pista em Lisboa e ardesse no Campo Grande ou na avenida de Roma.
Ferro Rodrigues O posto de embaixador junto da OCDE é um lugar digno para o antigo líder do PS, mas a tentativa de assassinato político de que foi alvo, por uma das mais ignóbeis canalhices de sempre, é um crime que não pode ficar impune.
Alemanha A CDU, partido da Direita, com fortes hipóteses de uma arrasadora vitória, tem cometido gafes tão graves que já foi considerada a Direita mais estúpida da Europa. Nestas coisas, a comunicação social esquece Portugal.
Taizé Roger Schutz, fundador da comunidade em 1940, foi assassinado aos 90 anos, enquanto rezava. O velho monge era defensor sincero do diálogo ecuménico e da paz. Perdeu-se um homem bom, às mãos de uma demente.
Colónia A cidade alemã, de religiosidade reduzida, foi palco do primeiro banho de multidão a Bento XVI. A encenação correspondeu aos esforços de numerosas dioceses empenhadas no êxito do evento.
Crueldade A OMS e a UNICEF afirmam que há 130 milhões de mulheres vítimas de mutilações genitais. A tradição justifica práticas atrozes. Egipto, Iémen e África sub-sahariana lideram a tradição e o número de mortes associadas.
Iraque O projecto de Constituição prevê uma teocracia, institui a sharia, anula os direitos das mulheres, divide o País e prepara uma obscura ditadura que reforça o vizinho Irão, à beira de concretizar a aventura nuclear.
Porto O vice-presidente da Câmara, Paulo Morais, fez denúncias tão graves, sobre tentativas de corrupção e atropelos urbanísticos, que pôs as autarquias sob suspeita e o financiamento dos partidos em xeque. A entrevista à «Visão» não pode ser ignorada.
Manuel Alegre Sem espaço político, desistiu da corrida presidencial. Fica o exemplo da sua disponibilidade, a abnegação do cidadão de todos os combates e o pundonor de um republicano e socialista fiel a si próprio e aos seus ideais.
Katrina A violência do furacão que levou a morte e a destruição à cidade de Nova Orleães não é apenas uma cíclica catástrofe natural, é fruto do efeito de estufa que o actual modelo de desenvolvimento não para de agravar.
Monumento ao 25 de Abril em Almeida A decisão não ultrapassará o ano que decorre. As responsabilidades serão assumidas.
Há quem apressadamente tenha visto no neoliberalismo a receita para os amanhãs que sorriem, depois do fracasso dos amanhãs que cantam.
Há quem, sabendo pouco de história, tenha decretado que o marxismo morreu, que o imenso material que Engels carreou para a análise económica foi puro desperdício e que a valiosa contribuição de Marx e Engels merece o caixote do lixo.
As crises cíclicas do capitalismo continuam a acontecer. Só a sua intensidade, duração e frequência são difíceis de prever.
Hoje o barril de petróleo ultrapassou os US $70 em Nova Iorque, com o furacão Katrina a servir de ajuda e de pretexto, com um milhão de pessoas evacuadas de Nova Orleães.
A energia baseada nos combustíveis fósseis tem os dias contados. Apenas os interesses das petrolíferas e a leviana postura dos governos se mantêm.
Vivemos um tempo que apenas interessa o dia de hoje e os nossos privilégios. Os nossos filhos vão pagar amargamente a nossas incúria e irresponsabilidade.
«Nas mais diversas Câmaras Municipais do País há projectos imobiliários que só podem ter sido aprovados por corruptos ou atrasados mentais».
Paulo Morais, vice-presidente da Câmara do Porto com pelouro do urbanismo «Visão», 25-8-05.
«(No Porto) tive pressões ilegítimas de todos os níveis do PSD, de outros partidos, dos mais diversos lados». Idem, Ibidem.
«(Chumbámos) um edifício no Parque da Cidade, da empresa Rodrigues Gomes, para a qual recebi pressões e cunhas de dezenas de pessoas, da forma mais ostensiva, a nível governamental» Idem, ibidem.
«O urbanismo é, na maioria das Câmaras, a forma mais encapotada e sub-reptícia de transferir bens públicos para a mão de privados. A palavra para isto é roubo». Idem, ibidem.
FRASES do «Expresso» de 27/8/05.
(...) O do Correio era o sr. António Bernardo a cuja casa eu ia levar as cartas e perguntar diariamente pelo correio. Era um camponês que tinha um braço aleijado a que devia uma pequena reforma e o retrato de um jovem de vinte e poucos anos vestido de sargento, como compensação do ferimento na primeira grande guerra. Era o único lavrador da aldeia com três vacas, integralmente pagas, uma burra e algumas ovelhas. Presidia por tradição, que o alvará da Câmara sempre confirmava, aos actos eleitorais.
Um dia acompanhei a minha mãe ao sufrágio durante uma forte chuvada, o que levou o sr. António Bernardo a perguntar respeitosamente por que se tinha incomodado, com um tempo daqueles, coitado do menino, se até já a tinha descarregado, informação cujo alcance me escapou, limitando-se a recolher o voto e a pousá-lo sobre a mesa. Percebi que já não era preciso introduzi-lo pois já lá estava, não aquele, que era impossível introduzir antes de chegar, mas outro igual, que tinha o mesmo valor e igual intenção. Disse mesmo que já estavam descarregados todos os eleitores mas que a lei obrigava a manter a porta aberta, e a lei é a lei, não acha Sr.ª professora, e para a respeitar e fazer respeitar ali estava ele, ninguém melhor que ele, até já fora presidente da Junta antes do José Simão, por isso só quando a hora canónica chegasse é que se fechava a porta e, nessa altura, é que pediria à Sr.ª professora para preencher uns papéis que era preciso, que ele não se ajeitava e os que estavam com ele ainda menos, no tempo deles não havia escola, o trabalho não era muito, todos tinham votado, graças a Deus, mesmo o Germano que Deus tem, se fosse vivo também não deixaria de votar ou, se o tempo estivesse assim e andasse com o gado, não se importava que nós o descarregássemos.
Era um bom homem, a quem o sr. Prior confiava a orientação do terço, designado por mês de Maria, que em Maio todos os dias tinha lugar na aldeia, a mando de Nossa Senhora e a rogo da irmã Lúcia, pela conversão da Rússia. Devia ser por igual delegação de poderes que lhe cabia a orientação da novena que todos os anos, quando a canícula fustigava o renovo, despovoava a aldeia para ser rezada junto a uma pia que ficava a mais de um quilómetro, na quinta do sr. Morgado. Lembro-me bem dessas peregrinações, que acompanhei várias vezes com devoção, e da eficácia demolidora de uma dessas novenas que transformou o normal pedido de chuva numa trovoada devastadora com os crentes a queixarem-se do excesso de fé, da molha e dos prejuízos. (...)
«Dizer que a prevenção é a mais importante das questões relativas às calamidades que são os incêndios é um lugar comum. Fundamental é levar a prevenção à prática». (Carlos Encarnação)
Não sei se é verdade ou não ... mas que é uma história espirituosamente portuguesa, é sem dúvida!
História passada na zona de Lisboa.
"! Táctica para Portugal !"
Há dias, quando me ia deitar, notei que havia pessoas dentro da minha garagem, a roubar coisas. Liguei para a polícia, mas disseram-me que não havia ninguém por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Desliguei. Um minuto depois liguei de novo:
--- Olá - disse eu - Eu liguei há bocado porque estavam pessoas na minha garagem. Já não é preciso virem depressa, porque eu matei-os.
Passados alguns minutos, estavam meia dúzia de carros da polícia na área, uma ambulância e uma unidade do INEM. Apanharam os ladrões em flagrante.
Um dos polícias disse:
--- Pensei que tivesse dito que os tinha morto!
Ao que eu respondi:
--- Pensei que me tivesse dito que não havia ninguém disponível.
Há destinos mais interessantes para fazer roer de inveja e deslumbrar os amigos com a nossa prosperidade, mas poucos são tão decisivos para apaziguar a consciência com o tributo que devemos à nossa cultura.
É por isso que a Grécia e a sua capital macrocéfala são destinos obrigatórios. São para os europeus o que Meca e a Arábia Saudita representam para os árabes, lugares que remetem para as origens das respectivas civilizações e que, no caso da Grécia, inspiraram a cultura judaico-cristã e a humanizaram.
Não sei se ainda a habitam filósofos, artistas e escritores ou se jazem definitivamente sob as ruínas de uma civilização que entranhou a nossa.
O casario imenso, de salubridade duvidosa, mostra um irreprimível mimetismo com o passado na ânsia desesperada de transformar-se em ruínas. Atenas não é a cidade sonhada, é um espaço em que os subúrbios tomaram conta da burgo, uma imensa e catastrófica sequência de habitações degradadas que abrigam quatro milhões de pessoas, ruas pejadas de automóveis à beira de se desmantelarem, enorme quantidade de lixo a aguardar remoção e multidões de turistas a caminho da Acrópole. A Grécia, entre a glória do passado e a incúria do presente, parece ter parado no tempo e hesita nos caminhos do futuro.
A Acrópole é a bela jóia que a cidade arruinada exibe para provar a nobreza da origem. O Pártenon ainda homenageia Atena, filha de Zeus, deusa das Artes, das Ciências e das Indústrias, a quem os seus imponentes frontões e admiráveis frisos foram dedicados. Sucessivamente templo pagão, igreja, mesquita e paiol, foi nesta qualidade gravemente danificado por uma explosão no séc. XVII que lhe feriu o mármore e o orgulho, mas manteve a majestade e elegância. O Erecteu, sublime, respira dignidade e exibe o Pórtico na cópia honesta das Cariátides.
De resto só nos museus sobra ainda o testemunho de Fídias que mais de quatro séculos antes de Cristo guiou o cinzel, com rigor e volúpia, desgastando a pedra até descobrir as formas femininas que a habitam, apetecidas e perfeitas, percorridas por um manto diáfano que as afaga numa glorificação da beleza e exaltação do desejo.
Nos templos, pouco frequentados, entram crentes apressados, num périplo osculatório de ícone em ícone, indiferentes aos vírus, que se persignam à chegada e à partida. Deixam uma vela acesa e uma prece, antes de alcançarem de novo a rua, enquanto outros acompanham a liturgia e a desgarrada mística em que clérigos se envolvem atacando o cantochão.
Nas ruas, padres fardados a preceito, gozam a isenção de impostos, a opulência e o prestígio, namoram de mãos dadas e evitam castamente manifestações de impetuoso afecto. Uma mole imensa de turistas extasia-se no Museu Nacional com a apoteose da forma e a beleza sensual que percorre o mármore. Nos restaurantes aguarda-se que os empregados terminem o cigarro, a bebida e a conversa, antes de atenderem os fregueses.
Em Agosto, zarpam diariamente do Pireu luxuosos paquetes atulhados de gente que foge ao fumo, ao calor abrasador e aos gregos, a caminho do mar Egeu e da costa da Ásia Menor, peregrinos em busca dos lugares sagrados onde predicaram Paulo e João ou turistas à procura de praias e de sol. Uns, muito vestidos, procuram a eterna salvação da alma; outros, despidos, o bronzeado efémero do corpo. Entre o êxtase místico e a excitação dos sentidos todos gozam, mergulhando na História que percorre a orla de três continentes e povoa centenas de ilhas.
Quem fizer a viagem, e for acompanhado, não se esqueça de preencher no boletim de registo de embarque o espaço da data de casamento e atribuí-la a um dos dias a bordo. Casais que fruam uma feliz união, ainda que sazonal, não se arrependerão. Nessa noite serão presenteados com um belo bolo de aniversário e uma garrafa de bom champanhe enquanto violinos vibram parabéns junto à sua mesa, empunhados com segurança por músicos da orquestra privativa.
Depois, basta-lhes manter a compostura face aos numerosos desconhecidos que se associam às felicitações.
Enquanto os judeus ortodoxos se agarram à bíblia e à faixa de Gaza, os muçulmanos debitam o Corão e se viram para Meca e os cristãos evangélicos dos EUA ameaçam o Irão e a teoria evolucionista, os conflitos religiosos e o terrorismo regressam à Europa.
A emancipação do Estado face à religião iniciou-se em 1648, após a guerra dos 30 anos, com a Paz da Vestfália e ampliou-se com as leis de separação dos séc. XIX e XX, sendo paradigmática a lei de 1905, em França, que instituiu a laicidade do Estado.
A libertação social e cultural do controle das instituições e símbolos religiosos foi um processo lento e traumático que se afirmou no séc. XIX e conferiu à modernidade ocidental a sua identidade.
A secularização libertou a sociedade do clericalismo e fez emergir direitos, liberdades e garantias individuais que são apanágio da democracia. A autonomia do Estado garantiu a liberdade religiosa, a tolerância e a paz civil.
Não há religiões eternas nem sociedades seculares perpétuas. As três religiões do livro, ou abraâmicas, facilmente se radicalizam. O proselitismo nasce na cabeça do clero e medra no coração dos crentes.
Os devotos crêem na origem divina dos livros sagrados e na verdade literal das páginas vertidas da tradição oral com a crueza das épocas em que foram impressas.
Os fanáticos recusam a separação da Igreja e do Estado, impõem dogmas à sociedade e perseguem os hereges. Odeiam os crentes das outras religiões, os menos fervorosos da sua e os sectores laicos da sociedade.
Em 1979, a vitória do ayatollah Khomeni, no Irão, deu início a um movimento radical de reislamização que contagiou Estados árabes, largas camadas sociais do Médio Oriente e sectores árabes e não árabes de países democráticos.
Por sua vez o judaísmo, numa atitude simétrica, viu os movimentos ultra-ortodoxos ganharem dinamismo, influência e armas, empenhando-se numa luta que tanto visa os palestinianos como os sectores sionistas laicos.
O termo «fundamentalismo» teve origem no protestantismo evangélico norte-americano do início do séc. XX. Exprimiu o proselitismo, recusa da distinção entre o sagrado e o profano, a difusão do deus apocalíptico, cruel, intolerante e avesso à modernidade, saído da exegese bíblica mais reaccionária. Esse radicalismo não parou de expandir-se e já contamina o aparelho de Estado dos EUA.
O catolicismo, desacreditado pela cumplicidade com regimes obsoletos (monarquias absolutas, fascismo, ditaduras várias), debilitou-se na Europa e facilitou a secularização. O autoritarismo e a ortodoxia regressaram com João Paulo II (JP2), que arrumou o concílio Vaticano II e recuperou o Vaticano I e o de Trento.
João Paulo II transformou a Igreja católica num instrumento de luta contra a modernidade, o espírito liberal e a tolerância das modernas democracias. Tem sido particularmente feroz na América latina e autoritária e agressiva nos Estados onde o poder do Vaticano ainda conta, através de movimentos sectários de que Bento XVI foi herdeiro e protector, se é que não esteve na sua génese.
A recente chegada ao poder de líderes políticos que explicitam publicamente a sua fé, em países com fortes tradições democráticas (EUA e Reino Unido), foi um estímulo para os clérigos e um perigo para a laicidade do Estado. Por outro lado constituem um exemplo perverso para as populações saídas de velhas ditaduras (Portugal, Espanha, Polónia, Grécia, Croácia), facilmente disponíveis para outras sujeições.
A interferência da religião no Estado deve ser vista, tal como a intromissão militar, a influência tribal ou as oligarquias - uma forma de despotismo que urge erradicar.
A competição religiosa voltou à Europa. As sotainas regressam. Os pregadores do ódio sobem aos púlpitos. A guerra religiosa é uma questão de tempo a que os Estados laicos têm de negar a oportunidade. Só o aprofundamento da laicidade nos pode valer.
O adiamento da votação da Constituição Iraquiana foi um péssimo prenúncio.
A resignação dos EUA à transformação do Iraque numa república islâmica não é apenas a confirmação do fracasso, é a admissão da falsidade dos argumentos que justificaram a invasão.
Que é feito dos cristãos que, sob a ditadura de Saddam, gozavam de liberdade religiosa e eram, no Iraque, anteriores ao Islão? Onde está a liberdade prometida, a democracia anunciada, a igualdade entre os sexos, com uma constituição que tem o Corão como referência principal?
A impotência e a hipocrisia emergiram depois de dois mil soldados inutilmente mortos, perante a devastação de um país, o acirrar dos ódios tribais, o aumento da influência do clero e o horror e o ódio a atingirem o seu máximo esplendor.
O mundo não esquecerá a arrogância de Bush e Blair nos Açores, a conivência dos lacaios e a expectativa dos falcões dos EUA. A cimeira da guerra, associada de forma trágica e vergonhosa ao território português, deu origem à catástrofe que fez regressar o Iraque à Idade Média e transformou o Médio Oriente de zona perigosa em barril de pólvora.
A tragédia suplementar reside agora na dificuldade e falta de credibilidade dos autores morais e materiais de uma agressão ao arrepio da ONU e do Direito internacional, com base em mentiras e artifícios, para conter as ambições nucleares do Irão ou responder com determinação ao regime demencial da Coreia do Norte.
Quem não respeita as normas internacionais carece de legitimidade para celebrar a paz, impor o Direito, promover a democracia e defender a liberdade.
Os partidos da oposição afastaram a hipótese, para já, de pedir o «impeachment» de Lula da Silva, face à ausência de provas contra ele e aos elevados níveis de popularidade de que ainda goza.
No entanto, o velho operário metalúrgico sai ferido de um esquema de corrupção que é a lepra que corrói as democracias, com especial propensão para os países latinos. Nas ditaduras a corrupção costuma ser ainda maior mas a censura e as perseguições políticas encarregam-se de limitar os efeitos.
O Brasil não esqueceu ainda o trauma de Collor de Mello.
Quando a economia cresce a bom ritmo, a luta contra a fome conhece êxito e um velho operário é a esperança de milhões de deserdados, a corrupção veio ensombrar o sonho brasileiro e lançar o desânimo nas forças progressistas que acreditam na justiça social.
Faço votos para que o Presidente seja definitivamente ilibado e se liberte dos crápulas que o cercam. Há muitas forças e grandes países apostados no seu fracasso.
O crescimento brasileiro e a sua capacidade para se tornar o grande motor da América do Sul são uma preocupação para os EUA e um desafio para cujo êxito são o principal garante a perseverança, coragem, determinação e carisma de Lula da Silva.
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